https://revistas.ufvjm.edu.br/revista-espinhaco/issue/feedRevista Espinhaço 2025-12-22T20:15:04+00:00Douglas Sathlerrevista.espinhaco@ufvjm.edu.brOpen Journal Systems<p>A Revista Espinhaço (<a href="https://portal.issn.org/resource/ISSN/2317-0611">ISSN: 2317-0611</a>) é publicada semestralmente (meses de julho e dezembro), composta por artigos científicos originais e inéditos, resenhas de livros, notas de pesquisa e entrevistas. A Revista Espinhaço aceita contribuições de caráter interdisciplinar que articulam os temas <strong>sociedade, espaço e ambiente, </strong>assim como de áreas afins<strong> </strong>que mantenham o diálogo com o escopo da revista. </p>https://revistas.ufvjm.edu.br/revista-espinhaco/article/view/1125Desmatamento no sul do bioma Amazônia: passado, presente e futuro de Querência, MT2025-12-17T15:51:42+00:00Heitor Carvalho Lacerdadoug.sathler@gmail.comAndréa Oliveira Mesquitadoug.sathler@gmail.comAlessandra Silva Araújodoug.sathler@gmail.comWarlen Librelon de Oliveiradoug.sathler@gmail.comSónia Maria Carvalho Ribeirodoug.sathler@gmail.com<p>Aprofundar as investigações sobre o desmatamento no sul da Amazônia é necessário para compreender como o fenômeno se configura em subsistemas locais. O estudo objetiva analisar as causas do desmatamento em Querência - MT, entre 1985 e 2018, e simular cenários futuros até 2030, baseado em tendências históricas e medidas de governança ambiental. Levantamos as causas locais e regionais do desmatamento e analisamos em dois períodos distintos para calibração (1985-2005) e validação do modelo espacial (2005-2018). A partir da simulação, propusemos quatro cenários possíveis para 2030. Os resultados revelaram que, em Querência - MT, a proximidade às áreas desmatadas, os tipos de solos e a presença de assentamentos rurais estiveram associados ao desmatamento, enquanto a maior proteção das florestas foi concernente à presença das terras indígenas. A taxa de desmatamento mais recente foi de 5% (2005-2018) e a validação do modelo atingiu 0.57 de similaridade. Os cenários propostos sugerem que o desmatamento em terras indígenas é pouco provável para 2030, devido à taxa e padrão espacial do desmatamento observado. Entretanto, o uso indevido da terra, como a supressão das áreas resguardadas por lei para conservação, é uma questão preocupante para os próximos anos, principalmente nos assentamentos rurais.</p>2025-12-17T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Espinhaço https://revistas.ufvjm.edu.br/revista-espinhaco/article/view/1137Índice de geodiversidade aplicado à identificação de áreas de interesse geoturístico em Maragogipe, Bahia2025-12-19T18:33:44+00:00Eduarda Matos de Oliveiradoug.sathler@gmail.comMarcus Vinicius Costa Almeida Juniordoug.sathler@gmail.com<p>O presente estudo teve como objetivo avaliar a geodiversidade do município de Maragogipe, Bahia, por meio da aplicação do Índice de Geodiversidade (IGd), a fim de identificar áreas prioritárias para geoconservação e potencial geoturístico. A metodologia incluiu a análise integrada de dados geológicos, geomorfológicos, pedológicos, estruturais e hidrográficos, processados em ambiente de geotecnologias. O mapeamento espacial do IGd revelou uma distribuição heterogênea dos elementos do meio físico, com destaque para as áreas centrais e centro-leste do município, onde a diversidade de atributos naturais é maximizada. Esses setores reúnem condições favoráveis à implantação de atividades de geoturismo, associando o patrimônio geológico e geomorfológico local à rica história e cultura regional. Os resultados obtidos contribuem para o planejamento ambiental e turístico sustentável, além de fornecerem subsídios para futuras ações de geoconservação e geoeducação. O estudo destaca a importância da aplicação do Índice de Geodiversidade como ferramenta de diagnóstico e gestão territorial voltada à valorização do geopatrimônio local elucidando, ainda, que o município possui alto potencial turístico, integrado à história e cultura local, mas ainda carece de uma estrutura administrativa adequada ao turismo.</p>2025-12-19T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Espinhaço https://revistas.ufvjm.edu.br/revista-espinhaco/article/view/860A origem das brechas quartzíticas diamantíferas da Formação Sopa Brumadinho, Serra do Espinhaço Meridional, Minas Gerais, Brasil2025-11-07T17:15:22+00:00Pedro Angelo Almeida Abreudoug.sathler@gmail.comRenato Ferreira Miranda doug.sathler@gmail.comGislaine Amorés Battilanidoug.sathler@gmail.comEduardo Fontanadoug.sathler@gmail.com<p>As brechas da Formação Sopa-Brumadinho, reconhecidas como diamantíferas em 1840, tem origem ígnea advogada desde 1928. Mostram clastos de quartzitos/metarenitos milimétricos a 50cm, angulosos, de coloração vermelha-rosada, semelhante às rochas do substrato. Sua matriz predominantemente filítica tem composição incompatível com rochas ígneas, mas as terras-raras mostram natureza kimberlítica e hospeda xenocristais de diamantes, que podem superar 30ct. Os corpos (localmente intrusivos), mostram formas variadas – inclusive em “taça-de-champagne” - e exibem espessuras de até 10m e extensão lateral maior que 50m. Uma suposta origem por fluxos de detritos coesivos oriundos de encostas íngremes mostra-se inviabilizada pela recorrência diamantífera em todos os depósitos numa extensão N-S de 50 km. E desde que <em>mudflows</em> não são concentradores de minerais e considerando a ausência de materiais exóticos e a presença universal de diamantes seria imperioso admitir origem proximal pelo retrabalhamento de tefra diamantífera (tu<em>ff-rings</em> ou <em>pyroclastic-surges</em>). Ademais, a forma de jazimento e relações de contato evidenciam que as brechas estão acondicionadas em crateras geradas por vulcanismo freatomagmático como na Mina-do-Barro, onde as brechas, circunscritas por paredes quartzíticas, alcançam pelo menos 60m de profundidade. As feições físicas das gemas revelam ausência de retrabalhamento sedimentar e suas inclusões minerais indicam origem litosférica dos diamantes. Lineamentos de expressão regional emergem como estruturas condutoras dos magmas kimberlítico à superfície em ~1.7 Ga.</p>2025-11-07T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Espinhaço https://revistas.ufvjm.edu.br/revista-espinhaco/article/view/1135Programa de Aquisição de Alimentos (PAA): Duas Décadas de Contribuição Estratégica para o Combate à Fome e o Desenvolvimento da Agricultura Familiar no Brasil2025-12-19T17:06:46+00:00Marcos Antônio Nunesdoug.sathler@gmail.comTomás de Faria Balbinodoug.sathler@gmail.comVictor Barcelos Ferreiradoug.sathler@gmail.com<p>Em 2023, o Programa de Aquisição de Alimentos completou duas décadas de existência. O programa tornou-se o segundo principal instrumento de inclusão produtiva dos agricultores familiares no Brasil, na perspectiva de construção de mercados visando à segurança alimentar e nutricional da população mais vulnerável. Desde a sua vigência e mudanças de governos, o Brasil saiu do mapa da fome em 2014, mas retornou em 2022. Apesar disso, o programa ampliou gradativamente a cadeia produtiva da agricultura familiar e contou com uma legislação que gerou efeitos práticos para o seu aperfeiçoamento e atendimento das demandas de produtores e consumidores. A literatura apontou diversas conquistas promovidas pelo programa, como a comercialização e garantia da venda; o incremento da renda, a melhoria da qualidade de vida e maior autonomia dos produtores; a diversificação da produção; a inserção produtiva; a ampliação da rede socioassistencial receptora dos produtos; entre outros.</p>2025-12-19T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Espinhaço https://revistas.ufvjm.edu.br/revista-espinhaco/article/view/574Uso do geoprocessamento para mapeamento da perda de solos na bacia do Córrego Vargem de Caldas no município de Poços de Caldas - Minas Gerais2025-08-05T17:13:54+00:00Rafael de Souza Mendes da Silvadoug.sathler@gmail.comLetícia Oliveira Nicáciodoug.sathler@gmail.comCarem Aparecida Mesquitadoug.sathler@gmail.comDébora Zumkeller Sabonarodoug.sathler@gmail.com<p>O solo é vital para a vida humana e os ecossistemas, mas está sendo degradado devido à erosão, seja por causas naturais ou humanas, com esta última sendo mais prejudicial. A Equação Universal da Perda de Solos é um modelo matemático que ajuda a estimar essa redução. Este estudo utilizou geoprocessamento para mapear a perda de solos, através da equação supracitada, na bacia do Córrego Vargem de Caldas, mostrando que mais de ⅓ da área está sofrendo perda moderada a alta, principalmente em seu norte e oeste, o que pode levar a inundações e prejuízos agrícolas. Propõe-se uma solução integrada que inclui proteção da vegetação nativa, manejo sustentável das áreas agrícolas, educação ambiental, fiscalização e incorporação da conservação do solo no planejamento territorial no intuito de promover a sustentabilidade ambiental.</p>2025-08-05T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Espinhaço https://revistas.ufvjm.edu.br/revista-espinhaco/article/view/1128Atributos das argilas da Farmacinha Lagoão (Araçuai – Minas Gerais) e suas relações com propriedades cosmetológicas2025-12-17T17:40:31+00:00Alexandre Christófaro Silvadoug.sathler@gmail.comUidemar Morais Barraldoug.sathler@gmail.comCaio Murillo Santana de Almeidadoug.sathler@gmail.comLucília Aparecida Ramos de Oliveiradoug.sathler@gmail.comLúcio Mauro Soares Fragadoug.sathler@gmail.com<p>No Vale do Jequitinhonha (MG), a cultura popular é rica e diversa. Pequenos agricultores se reúnem no mercado de Araçuaí para comercializar seus produtos. Entre eles, as mulheres da “Farmacinha Lagoão” expõe suas plantas medicinais e suas argilas, para serem utilizadas como esfoliantes, regeneradores celulares, hidratantes, clareadores e antissépticos da pele e do cabelo. Que segredos guardam estas argilas? Partindo da hipótese que os possíveis efeitos cosmetológicos dessas argilas são devidos a atributos relacionados às suas cores, o objetivo desse trabalho foi avaliar a composição granulométrica, química, mineralógica e geoquímica das argilas azul, branca, preta, rosa, verde e vermelha. Foram determinadas, a granulometria e a mineralogia das argilas, respectivamente por por difração a laser e difratometria de raios X. A descrição mineralógica, as análises químicas de rotina e geoquímicas foram realizadas respectivamente por microscopia, fluorescência de raios X e analise elementar. Em todas as argilas predomina a fração silte, com exceção da argila verde, onde predomina a fração areia. As argilas com maior teor de coloides são a branca e a rosa. Todas as argilas apresentam elevados teores de Si e Al, mas o Fe está presente na rosa e na vermelha, o C é significativo na preta, o K é elevado na azul e na verde. Todas as argilas apresentam quartzo e caulinita e as argilas branca, preta, rosa e verde apresentam ilita. As argilas apresentam distintas composições granulométricas, geoquímicas e mineralógicas, que estão relacionadas com seus diferentes usos cosmetológicos.</p>2025-12-17T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Espinhaço https://revistas.ufvjm.edu.br/revista-espinhaco/article/view/528Violação dos direitos da infância em meio à lama invisível em São Sebastião das Águas Claras (“Macacos”), Minas Gerais2025-06-02T13:34:24+00:00Fernanda Louback Macieldoug.sathler@gmail.comRaquel Zanatta Coutinhodoug.sathler@gmail.comAndréa Branco Simãodoug.sathler@gmail.com<p>Em fevereiro de 2019, o acionamento da sirene de emergência da barragem de minério B3/B4, barragem de propriedade da Vale, pertencente a Mina Mar Azul, indicando a possibilidade de rompimento, deu início a uma série de mudanças e adaptações na vida dos habitantes do distrito de São Sebastião das Águas Claras, popularmente conhecido como Macacos, localizado em Minas Gerais, Brasil. Utilizando dados secundários advindos de 20 entrevistas semiestruturadas realizadas com moradores do município, investigamos, à luz dos direitos humanos, violações à dignidade e aos direitos das crianças. Foram identificados impactos socioambientais e violações ao direito à educação, ao lazer e à saúde, ocasionando danos de curto e longo prazo, muitas vezes irreversíveis, mesmo sem que a barragem tivesse se rompido. Apesar de leis e convenções em prol dos direitos humanos das crianças, não há efetividade dessas normas e as crianças de São Sebastião das águas Claras são evidência disso, pois se tornaram vítimas da “Lama Invisível”.</p>2025-06-02T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Espinhaço https://revistas.ufvjm.edu.br/revista-espinhaco/article/view/1140A Província diamantífera paleoproterozoica da Serra do Espinhaço Meridional (Brasil): Texturas primárias e exógenas, inclusões minerais e gênese dos seus diamantes2025-12-22T18:21:17+00:00Anna Cecília Müllerdoug.sathler@gmail.comEduardo Fontanadoug.sathler@gmail.comLucilia A. Ramos Oliveiradoug.sathler@gmail.comPedro Angelo Almeida-Abreudoug.sathler@gmail.comJosé Maria Lealdoug.sathler@gmail.comFrancisco Javier Riosdoug.sathler@gmail.com<p><strong>Resumo</strong></p> <p>Embora os diamantes do distrito de Diamantina sejam conhecidos e estudados desde o século XVIII, sua gênese, os processos mantélicos associados e o contexto ambiental da ascensão dos kimberlitos ainda são desconhecidos. Ademais, a natureza e a área fonte desses diamantes vem sendo, há décadas, objeto de intenso debate científico. Portanto, a fim de ampliar o conhecimento sobre a origem e a história dos diamantes da província diamantífera da Serra do Espinhaço, amostras de diamantes das áreas de São João da Chapada e do Rio Jequitinhonha foram estudadas neste trabalho. As feições de superfície e as características espectrais infravermelho dos cristais estudados e a análise de suas inclusões minerais sugerem que os diamantes sublitosféricos (portanto, cratônicos) do Rio Jequitinhonha cristalizaram no manto peridotítico, uma vez que a presença de inclusão de forsterita implica cristalização a temperaturas de ~1170 ºC e pressão de ~65 kbar. Além disso, a presença de trigons de base plana indica que esses diamantes reagiram com fluidos ricos em H<sub>2</sub>O durante os estágios finais de intrusão do kimberlito. A presença abundante de sulcos nos diamantes de São João da Chapada indica condições de cristalização em kimberlito vulcanoclástico altamente oxidado, a temperaturas de aproximadamente 1040 ºC. As rochas rudíticas diamantíferas da Formação Sopa-Brumadinho foram depositadas por volta de 1,7 Ga, sendo, portanto, a idade mínima do evento kimberlítico. Como os diamantes cratônicos permanecem por um longo período no manto litosférico, sugere-se a cristalização dos diamantes da Serra do Espinhaço Meridional durante o período Neoarqueano (~3,0 Ga).</p>2025-12-22T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Espinhaço https://revistas.ufvjm.edu.br/revista-espinhaco/article/view/1126Classificação do potencial agrícola de Couto de Magalhães de Minas utilizando ferramentas de geoprocessamento2025-12-17T16:39:16+00:00Josimar Rodrigues Oliveiradoug.sathler@gmail.comRicardo Siqueira da Silvadoug.sathler@gmail.comBárbara Oliveira de Moraisdoug.sathler@gmail.com<p>O avanço das geotecnologias e a maior acessibilidade a dados abertos podem contribuir para o planejamento urbano e rural, permitindo a adoção de políticas públicas mais assertivas que visem o crescimento e desenvolvimento socioeconômico municipal e regional. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi modelar o potencial agrícola do município de Couto de Magalhães de Minas, localizado no Alto Jequitinhonha. Inicialmente foi realizado o levantamento de base de dados de acesso gratuito, para seleção e aquisição de arquivos vetoriais e matriciais adequados para utilização no modelo proposto. Por meio de técnicas e ferramentas de geoprocessamento com uso do <em>software </em>QGIS 3.16.4 <em>Hannover</em> com GRASS 7.8.5 foram elaborados mapas temáticos das classes de solos, classes de relevo, erodibilidade dos solos, hipsometria, vegetação e uso e ocupação do solo, os quais deram origem ao mapa de potencial agrícola do município por meio das técnicas de Análise Hierárquica de Processos (AHP) e Combinação Linear Ponderada (CLP). A referida modelagem mostrou que 49% do território de Couto de Magalhães de Minas possui baixo potencial agrícola, 21% é inapto ao desenvolvimento de atividades agrícolas, enquanto que os potenciais alto e médio apresentaram, respectivamente, 15% cada.</p>2025-12-17T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Espinhaço https://revistas.ufvjm.edu.br/revista-espinhaco/article/view/1138Dinâmica espaço temporal do Mangal na Baia de Sofala, região centro de Moçambique entre 2003, 2013 e 20232025-12-19T18:44:20+00:00Martes Domingos Louvane Macajodoug.sathler@gmail.comRichard Boaventura Inosse Zinendadoug.sathler@gmail.comMário Sebastião Tuzinedoug.sathler@gmail.com<p>O estudo da dinâmica e transformações espaço temporais da vegetação fornece o entendimento de como a vegetação e sua estrutura se desenvolvem ao longo do tempo. O presente estudo, teve por objectivo principal avaliar a dinâmica espaço temporal da floresta de mangal, na Baia de Sofala. Para tal, foram usadas imagens de sensoriamento remoto da serie de satélites landsat dos anos de 2003, 2013 e 2023. Usando o Qgis 3.14, imagens foram corrigidas radiométrica e geometricamente, posteriormente classificadas para discriminar o mangal na baia de Sofala de outras formas de uso de terra permitindo assim o mapeamento e quantificações da área de cobertura de mangal para cada ano de estudo. Como resultado, foi observado que durante o período em analise foram perdidos 14.23% da cobertura do mangal na baia de Sofala, correspondentes a 841 hectares. Em media, a cobertura do mangal na baia de Sofala entre 2003 e 2023 reduzia-se em 42 hectares/ano. A cobertura do mangal na baia de Sofala reduz a medida que outras formas de uso e ocupação de terra aumenta. A expansão de áreas habitacionais e exploração madeireira do mangal, são alguns dos factores que influenciaram a perda de vegetação. </p>2025-12-19T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Espinhaço https://revistas.ufvjm.edu.br/revista-espinhaco/article/view/1122Escorregamentos em Teófilo Otoni, Minas Gerais, Brasil: uma abordagem preliminar, segundo indicadores geomorfológicos e socioeconômicos2025-12-16T18:19:44+00:00Caio Mario Leal Ferrazdoug.sathler@gmail.comRoberto Célio Valadãodoug.sathler@gmail.comCristiane Valéria de Oliveiradoug.sathler@gmail.comMaria Giovana Parizzidoug.sathler@gmail.com<p>Escorregamentos são fenômenos frequentemente associados à configuração geomorfológica de vertentes de elevada declividade, sob climas úmidos, cuja deflagração pode estar vinculada a alterações promovidas pela produção do espaço urbano. Este trabalho avalia os condicionantes à ocorrência de escorregamentos segundo indicadores geomorfológicos e socioeconômicos inerentes a Teófilo Otoni, Minas Gerais. Para tanto foram empregados parâmetros topográficos, em especial a identificação de reentrâncias do relevo, a investigação das classes de declividade do terreno, além da morfologia dos solos. Estes fatores naturais tiveram suas espacialidades associadas a dados demográficos, que incluem densidade habitacional, renda e indicadores sanitários, o que permitiu compreender como e porque ocorreram os escorregamentos na área investigada, bem como determinar o grau de exposição das populações ao fenômeno. Observou-se que a maior parte das reentrâncias que apresentam mais elevada suscetibilidade à ocorrência de escorregamentos se localiza nas proximidades dos limites da área urbana, não apenas em função das características do sítio de ocupação, mas também em decorrência da segregação socioespacial que caracteriza a produção do fenômeno urbano em Teófilo Otoni. Este modelo de ocupação urbana desconsidera as características geomorfológicas do sítio de ocupação e perpetua na área investigada uma já histórica construção do risco, no tempo e no espaço.</p>2025-12-16T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Espinhaço https://revistas.ufvjm.edu.br/revista-espinhaco/article/view/1136Do ouro e das pedras coradas ao lítio: mineração, extrativismo e a reprodução da minero-dependência na Região Geográfica Imediata de Araçuaí – Vale do Jequitinhonha (MG)2025-12-19T17:37:44+00:00Marcos Antônio Nunesdoug.sathler@gmail.comRenato Somberg Pfefferdoug.sathler@gmail.comRodrigo Nunes Ferreiradoug.sathler@gmail.comJoão Stefanidoug.sathler@gmail.com<p>Este artigo explora a trajetória histórica do Vale do Jequitinhonha, desde a colonização no século XVIII, impulsionada pela mineração de ouro e diamantes, até as dinâmicas socioeconômicas atuais. Utilizando uma metodologia histórico-analítica e pesquisa documental, o estudo investiga como o subsequente declínio da mineração gerou migrações e uma transição para atividades agropecuárias, moldando uma nova identidade regional marcada por conflitos sociais e territoriais. Nesse contexto, o artigo destaca a importância de Araçuaí como centro comercial histórico e, hoje, como um incipiente polo da agenda global de transição energética, em virtude da exploração de lítio. A exploração de lítio na Região Geográfica Imediata de Araçuaí oferece um potencial de desenvolvimento regional, mas a pesquisa demonstra que essa nova fase extrativista exige uma governança articulada para mitigar a histórica dependência mineral e os riscos socioambientais. Argumenta-se que é fundamental contestar a narrativa simplista do "lítio verde" e implementar, concomitantemente, políticas de diversificação econômica que não se restrinjam apenas à <em>commodity</em>. O sucesso na transformação desse ciclo requer um robusto investimento em infraestrutura regional integrada e, principalmente, a criação de um Fundo de Soberania Mineral para assegurar a poupança e o benefício intergeracional dos recursos não renováveis.</p>2025-12-19T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Espinhaço https://revistas.ufvjm.edu.br/revista-espinhaco/article/view/576Governança de dados científicos e política de autoria em projetos ambientais de pesquisa e inovação transdisciplinares2025-08-22T20:07:29+00:00Ricardo Solardoug.sathler@gmail.comMarcos Callistodoug.sathler@gmail.comMariana Nevesdoug.sathler@gmail.comTiago Dornasdoug.sathler@gmail.comAdriano Pagliadoug.sathler@gmail.comCarlos Bernardo Mascarenhas Alvesdoug.sathler@gmail.comDiego Rodrigues Macedodoug.sathler@gmail.comFrederico Siqueira Nevesdoug.sathler@gmail.comFabio Vieiradoug.sathler@gmail.comPaulo Santos Pompeudoug.sathler@gmail.com<p>A governança eficaz de dados científicos e atribuição equitativa de autoria são essenciais para o sucesso de iniciativas de pesquisa transdisciplinares em larga escala. Com base em nossa experiência em dois programas principais — o “Programa de Diagnóstico de Danos após o desastre da barragem de Brumadinho” na bacia do rio Paraopeba (PDD) e o projeto “IBI UHE-Furnas & UFMG” na bacia do rio Grande —, cada um envolvendo centenas de pesquisadores da academia, indústria e sociedade civil, desenvolvemos e implementamos um modelo abrangente de governança. Os componentes centrais incluem: (1) coleta de dados de campo com protocolos padronizados, que são curados para manter consistência, confiabilidade e reprodutibilidade; e (2) uma política estruturada de autoria, que deve ser o mais objetiva possível e garantir a distribuição justa de créditos entre os participantes. Assim, desenvolvemos uma política baseada na taxonomia CRediT, exigindo pelo menos quatro funções de contribuição (incluindo obrigatoriamente a redação) para elegibilidade de autoria, e oferecendo coautoria àqueles que cumprirem esse critério. Um Comitê Científico diverso supervisiona a revisão de propostas, gerencia conflitos de interesse e previne pesquisas redundantes. Todos os manuscritos devem passar por submissão centralizada e utilizar apenas conjuntos de dados validados, enquanto agradecimentos e declarações de conformidade seguem as normas pertinentes de proteção de dados e ética. A implementação deste modelo esclareceu os papéis dos colaboradores, mitigou práticas de autoria fantasma e presenteada, promoveu uma distribuição transparente de trabalho e aumentou a inclusão, especialmente de pesquisadores em início de carreira e de grupos sub-representados. Nossos resultados demonstram que uma política de governança e autoria deliberadamente flexível, porém rigorosa, pode equilibrar autonomia, justiça e responsabilidade. Este modelo oferece um plano replicável para outros programas colaborativos de pesquisa que busquem manter com justiça a integridade, promover a diversidade e acelerar descobertas científicas confiáveis.</p>2025-08-22T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Espinhaço https://revistas.ufvjm.edu.br/revista-espinhaco/article/view/529Diameter distribution modeling for the management of four (4) plant communities in Magude district, Maputo province, Mozambique2025-06-02T13:52:00+00:00Richard Boaventura Inosse Zinendadoug.sathler@gmail.comMário Sebastião Tuzinedoug.sathler@gmail.comMartes Domingo Macajodoug.sathler@gmail.comVagner Santiago do Valedoug.sathler@gmail.comArão Raimundo Finiassedoug.sathler@gmail.com<p>O objetivo do estudo foi testar o modelo de Meyer no maneio de quatro (4) comunidades vegetais localizadas no distrito de Magude na província de Maputo. No estudo foram estabelecidas no total 163 parcelas rectangulares de 100X20m em 4 comunidades vegetais, em cada parcela mediu-se o DAP ≥10cm de todas árvores. Foram amostrados no total de 4243 indivíduos lenhosos em todo povoamento, que estão distribuídos em 16 famílias botânicas, 75 espécies e 32 gêneros. A Família botânica com maior número de espécies (11) na área foi Fabaceae. A espécie <em>Acacia nigrescens</em> foi à de maior destaque, pois apresentou o maior número de indivíduos em todas as comunidades. As variáveis dendrométricas utilizadas no ajuste de modelo observaram-se maior diâmetro de 50, 65, 60, 43cm em Duco, Motaze-Sede, Ungumbane e Waficula. A floresta de Duco teve uma densidade de 88.9arvha<sup>-1</sup> e uma área basal máxima de 34.2603m<sup>2</sup>, 119.14arvha<sup>-1</sup> e área basal de 10.9654m<sup>2</sup> para Motaze-Sede, 86.88arvha-1 e área basal de 31.76247m<sup>2</sup> Para Ungumbane e a comunidade de Waficula teve uma densidade de 148.93arvha-1 e uma área basal de 12.7844m<sup>2</sup>. A partir do modelo de Meyer observou-se a permanência de 55% de área basal remanescente para a comunidade de Waficula, 60% para a comunidade de Duco, 58% para comunidade de Ungumbane 1 e 57% de área basal remanescente para a comunidade de Motaze-sede, a proporção da área basal remanescente as comunidades balanceadas e o modelo de Meyer mostrou ser eficiente para tornar as florestas sustentado permitindo exploração das maiores classes de diâmetro.</p>2025-06-02T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Espinhaço https://revistas.ufvjm.edu.br/revista-espinhaco/article/view/1141Caracterização arbustivo-arbóreo em trecho da rodovia PB-387, municípios de Uiraúna/Vieirópolis, Paraíba, Brasil2025-12-22T20:15:04+00:00George Martins de Françadoug.sathler@gmail.comThiago Costa Ferreiradoug.sathler@gmail.comDébora Raquel dos Santos Ferreira Françadoug.sathler@gmail.comFrancisco das Chagas Vieira Salesdoug.sathler@gmail.comAlexandre José da Silvadoug.sathler@gmail.comKelma Layara Pereira Alvesdoug.sathler@gmail.com<p>Inventários florestais em áreas de Caatinga são uma importante fonte de informações sobre o bioma, sendo indispensáveis para o reconhecimento florístico em vista a diversos serviços que podem ser realizados numa área florestal. Assim, o presente estudo teve como objetivo de descrever o inventário florestal em uma ´rea de Caatinga, no estado da Paraíba. A área de estudo apresentava vegetação arbustiva-arbórea e está situada trecho as margens da rodovia PB-387, municípios de Uiraúna/Vieirópolis, no estado da Paraíba. Foram inventariados todos os indivíduos arbóreos e arbustivos com circunferência a altura do peito (CAP = 1,30 m do nível do solo) maior ou igual a 6 cm (CAP ≥ 6,0 cm), e localizados no interior das 10 unidades amostrais. Avaliaram-se parâmetros como: florística, diversidade, equabilidade, estrutura horizontal e vertical, além da distribuição diamétrica. Na área inventariada foram mensurados um total de 469 indivíduos, representados por nove famílias botânicas, dezoito gêneros e vinte espécies identificados. A família botânica Fabaceae teve maior representatividade para a riqueza de espécies, contudo a Euphorbiaceae foi a mais representativa em número de indivíduos. Para os indivíduos inventariados foi observado uma riqueza florística com apenas 20 espécies, possivelmente influenciada pela ação antrópica, tendo em vista que área é de fácil acesso. As espécies com maiores valores de importância foram o Croton blanchetianus e Mimosa tenuiflora. O reconhecimento da diversidade da Caatinga em de áreas inventariadas é de suma importância para o manejo sustentáveis florestal na localidade.</p>2025-12-22T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Espinhaço https://revistas.ufvjm.edu.br/revista-espinhaco/article/view/1127Desempenho dos Modelos Chuva-Vazão Topmodel e Dynamic Topmodel em trecho da bacia hidrográfica do Rio Preto, Minas Gerais2025-12-17T17:11:01+00:00Og Jacy Caboaçu Piresdoug.sathler@gmail.comCristiano Christófarodoug.sathler@gmail.comMaria Fernanda Ferreira Lacerdadoug.sathler@gmail.comMatheus de Lima Magalhãesdoug.sathler@gmail.com<p>Os modelos hidrológicos desempenham um papel fundamental na gestão dos recursos hídricos, permitindo a avaliação dos impactos das mudanças climáticas e das atividades humanas sobre o ciclo hidrológico. Nesse contexto, este estudo comparou o desempenho dos modelos TopModel (TM) e Dynamic TopModel (DTM) na simulação da relação chuva-vazão na bacia do Rio Preto/MG, no trecho sul da Serra do Espinhaço Meridional. Dados diários de chuva, evapotranspiração potencial e vazão entre 2000 e 2018 foram utilizados para a avaliação do desempenho dos modelos. O modelo TM demonstrou melhor desempenho na etapa de calibração, com índices de eficiência (NSE) aceitáveis em todas as simulações (NSE médio de 0,52) e coeficiente de determinação (R²) de 0,53. O DTM, apesar de considerado uma versão mais avançada do TM, apresentou desempenho inferior em todas as simulações, com NSE médio de 0,08 e R² de 0,15. Na etapa de validação, o modelo TM manteve um desempenho razoável, com NSE de 0,45 e R² de 0,46, enquanto o DTM continuou a mostrar um desempenho insatisfatório, com NSE de 0,13 e R² de 0,18. Nesse contexto, o modelo TM revelou-se mais adequado para a simulação da vazão na região estudada.</p>2025-12-17T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Espinhaço https://revistas.ufvjm.edu.br/revista-espinhaco/article/view/527Avaliação geotécnica de balneários no município de Diamantina, Minas Gerais2025-05-30T14:32:59+00:00Walter dos Reis Juniorrevista.espinhaco@gmail.comMaria Giovana Parisimgparizzi18@gmail.com<p>Diamantina (MG) atrai turistas com suas serras, trilhas e cachoeiras, situadas em balneários desenvolvidos sobre rochas metassedimentares, com predomínio de quartzitos de composições variadas, pertencentes ao Supergrupo Espinhaço e Grupo Macaúbas, controlados por sistemas de fraturas nas direções N-S, NW-SE e E-W. Esses atrativos podem apresentar perigos devido à instabilidade dos maciços rochosos. Por esta razão, este estudo classifica qualitativamente o perigo nessas áreas. A metodologia abrangeu a caracterização geomecânica das rochas e suas descontinuidades, a identificação de indícios de processos geodinâmicos e cenários de iminente deflagração de movimentos de massa. Foram avaliados 23 balneários, sendo considerados 15 de perigo geológico baixo, 2 de perigo moderado, 4 de perigo alto e 2 de perigo muito alto. Salienta-se que esta análise tem caráter temporal, já que as condições dos balneários se modificam com o tempo, exigindo monitoramento constante. Os resultados são muito relevantes para a região como instrumentos de gestão, auxiliando na implementação de ações voltadas à mitigação e controle dos perigos geológicos, como sinalizações dos cenários de perigo aos visitantes.</p>2025-05-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Espinhaço https://revistas.ufvjm.edu.br/revista-espinhaco/article/view/1139Geografia, paisagens e culturas: A dinâmica climática e cultural no desenvolvimento das sociedades do Andes Centrais, Peru2025-12-22T13:35:39+00:00Eduardo Miranda Bragadoug.sathler@gmail.comMarcelo Fagundesdoug.sathler@gmail.com<p>Este artigo analisa o desenvolvimento das sociedades antes da invasão europeia na costa norte do Peru, explorando a relação entre diversidade geográfica, dinâmica climática e processos culturais. Por meio de uma abordagem interdisciplinar entre geografia, arqueologia e antropologia, investigamos como fatores ambientais e eventos climáticos influenciaram a adaptação e resiliência dessas sociedades. O método baseou-se em uma revisão bibliográfica e na análise da cultura material arqueológica, com os resultados evidenciando que diferentes ambientes, do litoral árido às altas montanhas andinas sempre nevadas, moldaram estratégias específicas de resiliência, de tecnologias e de formas de organização social. A transição cultural dos grupos Gallinazo para os Moche foi especialmente analisada, demonstrando uma mudança gradual impulsionada por inovações tecnológicas, controle de recursos hídricos e novas estruturas de poder. Concluímos que a sociedade Moche emergiu como resultado de processos cumulativos de interação cultural e ambiental, representando continuidade histórica em tecnologias e cosmovisão andina, ao mesmo tempo em que estabeleceu uma nova dinâmica sociopolítica e identitária na região.</p>2025-12-22T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Espinhaço https://revistas.ufvjm.edu.br/revista-espinhaco/article/view/1131Notas sobre representações das águas: caso dos camponeses das Minas Gerais2025-12-19T12:36:16+00:00 Marcos Lobato Martinsdoug.sathler@gmail.com<p>Este artigo analisa aspectos do imaginário ocidental sobre a água, enfatizando as imagens e representações de camponeses que habitam Minas Gerais. Identifica algumas categorias tradicionais referentes às águas, as ideias dos camponeses e as normas costumeiras sobre o acesso e o uso desse recurso. Também são indicados desafios que estas representações impõem às políticas públicas preservacionistas e à ação das agências governamentais.</p>2025-12-19T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Revista Espinhaço