Revista Espinhaço
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<p>A Revista Espinhaço (<a href="https://portal.issn.org/resource/ISSN/2317-0611">ISSN: 2317-0611</a>) é publicada semestralmente (meses de julho e dezembro), composta por artigos científicos originais e inéditos, resenhas de livros, notas de pesquisa e entrevistas. A Revista Espinhaço aceita contribuições de caráter interdisciplinar que articulam os temas <strong>sociedade, espaço e ambiente, </strong>assim como de áreas afins<strong> </strong>que mantenham o diálogo com o escopo da revista. </p>UFVJMpt-BRRevista Espinhaço 2317-0611Violação dos direitos da infância em meio à lama invisível em São Sebastião das Águas Claras (“Macacos”), Minas Gerais
https://revistas.ufvjm.edu.br/revista-espinhaco/article/view/528
<p>Em fevereiro de 2019, o acionamento da sirene de emergência da barragem de minério B3/B4, barragem de propriedade da Vale, pertencente a Mina Mar Azul, indicando a possibilidade de rompimento, deu início a uma série de mudanças e adaptações na vida dos habitantes do distrito de São Sebastião das Águas Claras, popularmente conhecido como Macacos, localizado em Minas Gerais, Brasil. Utilizando dados secundários advindos de 20 entrevistas semiestruturadas realizadas com moradores do município, investigamos, à luz dos direitos humanos, violações à dignidade e aos direitos das crianças. Foram identificados impactos socioambientais e violações ao direito à educação, ao lazer e à saúde, ocasionando danos de curto e longo prazo, muitas vezes irreversíveis, mesmo sem que a barragem tivesse se rompido. Apesar de leis e convenções em prol dos direitos humanos das crianças, não há efetividade dessas normas e as crianças de São Sebastião das águas Claras são evidência disso, pois se tornaram vítimas da “Lama Invisível”.</p>Fernanda Louback MacielRaquel Zanatta CoutinhoAndréa Branco Simão
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2025-06-022025-06-0210.5281/zenodo.15576377Governança de dados científicos e política de autoria em projetos ambientais de pesquisa e inovação transdisciplinares
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<p>A governança eficaz de dados científicos e atribuição equitativa de autoria são essenciais para o sucesso de iniciativas de pesquisa transdisciplinares em larga escala. Com base em nossa experiência em dois programas principais — o “Programa de Diagnóstico de Danos após o desastre da barragem de Brumadinho” na bacia do rio Paraopeba (PDD) e o projeto “IBI UHE-Furnas & UFMG” na bacia do rio Grande —, cada um envolvendo centenas de pesquisadores da academia, indústria e sociedade civil, desenvolvemos e implementamos um modelo abrangente de governança. Os componentes centrais incluem: (1) coleta de dados de campo com protocolos padronizados, que são curados para manter consistência, confiabilidade e reprodutibilidade; e (2) uma política estruturada de autoria, que deve ser o mais objetiva possível e garantir a distribuição justa de créditos entre os participantes. Assim, desenvolvemos uma política baseada na taxonomia CRediT, exigindo pelo menos quatro funções de contribuição (incluindo obrigatoriamente a redação) para elegibilidade de autoria, e oferecendo coautoria àqueles que cumprirem esse critério. Um Comitê Científico diverso supervisiona a revisão de propostas, gerencia conflitos de interesse e previne pesquisas redundantes. Todos os manuscritos devem passar por submissão centralizada e utilizar apenas conjuntos de dados validados, enquanto agradecimentos e declarações de conformidade seguem as normas pertinentes de proteção de dados e ética. A implementação deste modelo esclareceu os papéis dos colaboradores, mitigou práticas de autoria fantasma e presenteada, promoveu uma distribuição transparente de trabalho e aumentou a inclusão, especialmente de pesquisadores em início de carreira e de grupos sub-representados. Nossos resultados demonstram que uma política de governança e autoria deliberadamente flexível, porém rigorosa, pode equilibrar autonomia, justiça e responsabilidade. Este modelo oferece um plano replicável para outros programas colaborativos de pesquisa que busquem manter com justiça a integridade, promover a diversidade e acelerar descobertas científicas confiáveis.</p>Ricardo SolarMarcos CallistoMariana NevesTiago DornasAdriano PagliaCarlos Bernardo Mascarenhas AlvesDiego Rodrigues MacedoFrederico Siqueira NevesFabio VieiraPaulo Santos Pompeu
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2025-08-222025-08-2210.5281/zenodo.16929780Diameter distribution modeling for the management of four (4) plant communities in Magude district, Maputo province, Mozambique
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<p>O objetivo do estudo foi testar o modelo de Meyer no maneio de quatro (4) comunidades vegetais localizadas no distrito de Magude na província de Maputo. No estudo foram estabelecidas no total 163 parcelas rectangulares de 100X20m em 4 comunidades vegetais, em cada parcela mediu-se o DAP ≥10cm de todas árvores. Foram amostrados no total de 4243 indivíduos lenhosos em todo povoamento, que estão distribuídos em 16 famílias botânicas, 75 espécies e 32 gêneros. A Família botânica com maior número de espécies (11) na área foi Fabaceae. A espécie <em>Acacia nigrescens</em> foi à de maior destaque, pois apresentou o maior número de indivíduos em todas as comunidades. As variáveis dendrométricas utilizadas no ajuste de modelo observaram-se maior diâmetro de 50, 65, 60, 43cm em Duco, Motaze-Sede, Ungumbane e Waficula. A floresta de Duco teve uma densidade de 88.9arvha<sup>-1</sup> e uma área basal máxima de 34.2603m<sup>2</sup>, 119.14arvha<sup>-1</sup> e área basal de 10.9654m<sup>2</sup> para Motaze-Sede, 86.88arvha-1 e área basal de 31.76247m<sup>2</sup> Para Ungumbane e a comunidade de Waficula teve uma densidade de 148.93arvha-1 e uma área basal de 12.7844m<sup>2</sup>. A partir do modelo de Meyer observou-se a permanência de 55% de área basal remanescente para a comunidade de Waficula, 60% para a comunidade de Duco, 58% para comunidade de Ungumbane 1 e 57% de área basal remanescente para a comunidade de Motaze-sede, a proporção da área basal remanescente as comunidades balanceadas e o modelo de Meyer mostrou ser eficiente para tornar as florestas sustentado permitindo exploração das maiores classes de diâmetro.</p>Richard Boaventura Inosse ZinendaMário Sebastião TuzineMartes Domingo MacajoVagner Santiago do ValeArão Raimundo Finiasse
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2025-06-022025-06-0210.5281/zenodo.15576570Avaliação geotécnica de balneários no município de Diamantina, Minas Gerais
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<p>Diamantina (MG) atrai turistas com suas serras, trilhas e cachoeiras, situadas em balneários desenvolvidos sobre rochas metassedimentares, com predomínio de quartzitos de composições variadas, pertencentes ao Supergrupo Espinhaço e Grupo Macaúbas, controlados por sistemas de fraturas nas direções N-S, NW-SE e E-W. Esses atrativos podem apresentar perigos devido à instabilidade dos maciços rochosos. Por esta razão, este estudo classifica qualitativamente o perigo nessas áreas. A metodologia abrangeu a caracterização geomecânica das rochas e suas descontinuidades, a identificação de indícios de processos geodinâmicos e cenários de iminente deflagração de movimentos de massa. Foram avaliados 23 balneários, sendo considerados 15 de perigo geológico baixo, 2 de perigo moderado, 4 de perigo alto e 2 de perigo muito alto. Salienta-se que esta análise tem caráter temporal, já que as condições dos balneários se modificam com o tempo, exigindo monitoramento constante. Os resultados são muito relevantes para a região como instrumentos de gestão, auxiliando na implementação de ações voltadas à mitigação e controle dos perigos geológicos, como sinalizações dos cenários de perigo aos visitantes.</p>Walter dos Reis JuniorMaria Giovana Parisi
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2025-05-302025-05-3010.5281/zenodo.15554826Uso do geoprocessamento para mapeamento da perda de solos na bacia do Córrego Vargem de Caldas no município de Poços de Caldas - Minas Gerais
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<p>O solo é vital para a vida humana e os ecossistemas, mas está sendo degradado devido à erosão, seja por causas naturais ou humanas, com esta última sendo mais prejudicial. A Equação Universal da Perda de Solos é um modelo matemático que ajuda a estimar essa redução. Este estudo utilizou geoprocessamento para mapear a perda de solos, através da equação supracitada, na bacia do Córrego Vargem de Caldas, mostrando que mais de ⅓ da área está sofrendo perda moderada a alta, principalmente em seu norte e oeste, o que pode levar a inundações e prejuízos agrícolas. Propõe-se uma solução integrada que inclui proteção da vegetação nativa, manejo sustentável das áreas agrícolas, educação ambiental, fiscalização e incorporação da conservação do solo no planejamento territorial no intuito de promover a sustentabilidade ambiental.</p>Rafael de Souza Mendes da SilvaLetícia Oliveira NicácioCarem Aparecida MesquitaDébora Zumkeller Sabonaro
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2025-08-052025-08-0510.5281/zenodo.16747644