Perfil de Resistência Antimicrobiana em Infecções do Trato Urinário e sua Associação com Desfechos Gestacionais Adversos em Gestantes de Alto Risco, Diamantina, MG
DOI:
https://doi.org/10.70597/vozes.v13i28.1051Palavras-chave:
Pré-natal, Cistite, Infecção Urinária, AntibiogramaResumo
A infecção do trato urinário (ITU) constitui uma das complicações infecciosas mais frequentes na gestação, associando-se a significativos riscos maternos e neonatais. Este estudo descritivo, transversal e retrospectivo analisou prontuários de 74 gestantes em acompanhamento no pré-natal de alto risco em Diamantina/MG (2016-2024), com diagnóstico de ITU confirmado por urocultura e antibiograma. O perfil da amostra revelou idade média de 29,2 ± 7,2 anos, IMC de 28,6 ± 7,4 kg/m² e idade gestacional ao parto de 38,7 ± 1,7 semanas. Microbiologicamente, a bactéria mais prevalente foi Escherichia coli (56,8%), seguida por Proteus spp. e Klebsiella pneumoniae. Registrou-se elevada taxa de resistência antimicrobiana (69,1%), com destaque para betalactâmicos (penicilinas 24,1%; cefalosporinas 19,0%), quinolonas/fluoroquinolonas (11,5%) e sulfonamidas (9,2%). A análise comparativa demonstrou que gestantes com ITU vigente no parto apresentaram maior risco de parto pré-termo (36,5 ± 2,1 vs. 39,1 ± 1,4 semanas; p=0,028) e Apgar reduzido no 1º minuto (7,3 ± 1,2 vs. 8,4 ± 1,4; p=0,038). Conclui-se que a resistência antimicrobiana representa um desafio terapêutico substantivo, exigindo monitoramento microbiológico contínuo e revisão dos protocolos de antibioticoterapia empírica para otimização dos desfechos gestacionais.
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