Morfologia Cárstica do Maciço Quartzítico da Gruta do Salitre, Diamantina – MG
Palavras-chave:
Gruta do Salitre, Diamantina, geomorfologia cárstica, dissolução químicaResumo
Este artigo tem como objetivo caracterizar a morfologia cárstica desenvolvida em rochas silicatadas – quartzitos da Gruta do Salitre em DiamantinaMG, inserida nos domínio litológicos do Supergrupo Espinhaço – Grupo Guinda (Formação Sopa Brumadinho). As bases metodológicas seguiram três etapas de trabalho: primeiramente a revisão bibliográfica e cartográfica, a interpretação de imagens satélite; pesquisas de dados secundários no Cadastro Nacional de Cavernas - CNC e Sociedade Brasileira de Espeleologia - SBE e a tabulação de dados. A segunda etapa consistiu de três campanhas de campo – 2009, 2010 e 2011 – prospecção; levantamento da morfologia cárstica e feições espeleológicas, observação e interpretação entre fatores litoestruturais, o carste e a deposição espeleológica. A terceira etapa consistiu-se em interpretação dos resultados obtidos, uso do software ArcGis 9.3. Constatou-se que a gênese da gruta do Salitre está relacionada ao processo de dissolução química. A deposição e o desenvolvimento das microfeições estão associados ao direcionamento das linhas estruturais (SWNE), que contribuíram para a percolação hídrica no maciço e esta, juntamente com os demais agentes intempéricos, ocasionaram a dissolução química do quartzito. As semelhanças entre as características cársticas desenvolvidas em rochas carbonáticas e não carbonáticas demonstram que a geomorfologia da área de estudo deve ser considerada carste e não pseudocarste. Afinal, a diferença corresponde apenas ao tamanho dos espeleotemas, devido às propriedades e composição mineralógica da rocha, uma vez que, litologias carbonáticas possuem maior friabilidade.