Índice de geodiversidade aplicado à identificação de áreas de interesse geoturístico em Maragogipe, Bahia

Autores

  • Eduarda Matos de Oliveira
  • Marcus Vinicius Costa Almeida Junior

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.17991579

Palavras-chave:

Geodiversidade, geoconservação, geoturismo, Maragogipe

Resumo

O presente estudo teve como objetivo avaliar a geodiversidade do município de Maragogipe, Bahia, por meio da aplicação do Índice de Geodiversidade (IGd), a fim de identificar áreas prioritárias para geoconservação e potencial geoturístico. A metodologia incluiu a análise integrada de dados geológicos, geomorfológicos, pedológicos, estruturais e hidrográficos, processados em ambiente de geotecnologias. O mapeamento espacial do IGd revelou uma distribuição heterogênea dos elementos do meio físico, com destaque para as áreas centrais e centro-leste do município, onde a diversidade de atributos naturais é maximizada. Esses setores reúnem condições favoráveis à implantação de atividades de geoturismo, associando o patrimônio geológico e geomorfológico local à rica história e cultura regional. Os resultados obtidos contribuem para o planejamento ambiental e turístico sustentável, além de fornecerem subsídios para futuras ações de geoconservação e geoeducação. O estudo destaca a importância da aplicação do Índice de Geodiversidade como ferramenta de diagnóstico e gestão territorial voltada à valorização do geopatrimônio local elucidando, ainda, que o município possui alto potencial turístico, integrado à história e cultura local, mas ainda carece de uma estrutura administrativa adequada ao turismo.

Referências

Bastos, I. P. (2017). Bacia do Recôncavo: Sumário geológico e setores em oferta. Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), 22 p. Rio de Janeiro.

Brilha, J. B. R. (2005). Patrimônio Geológico e Geoconservação: A Conservação da Natureza na sua Vertente Geológica. Braga: Palimage, 190p.

Carvalho, E. A.; Aquino, C. M. S. (2022). Abordagem sobre os conceitos de geodiversidade, geoconservação e geopatrimônio. Revista da Academia de Ciências do Piauí, 3(3), p.08-17. https://doi.org/10.29327/261865.3.3-1.

Costa, P. C. (2002). Ecoturismo. Aleph. (Coleção ABC do Turismo) São Paulo.

Dantas, L. M. R.; Pires, P. S. (2015). Versões e Contradições do Turismo de Aventura: reflexões sobre as atividades de aventura e sobre o turista. Turismo & Sociedade, 8(2), p. 276-300. Curitiba.

EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (2011). Solos do Estado da Bahia. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Rio de Janeiro.

FIPE – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (2010). Estudo socioeconômico e ambiental do Estado da Bahia. São Paulo.

HOSE, T. A. (1995). Selling the story of Britain’s stone. Environmental Interpretation, 2, p. 16-17.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (2019). Províncias Estruturais do Brasil – escala 1:250.000. Rio de Janeiro.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (2021). Geomorfologia do Brasil – escala 1:250.000. Rio de Janeiro.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (2021). Levantamento Geológico do Brasil – escala 1:250.000. Rio de Janeiro.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (2021). Solos do Brasil – escala 1:250.000. Rio de Janeiro.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (2022). Maragogipe (BA) – Panorama Cidades@. Rio de Janeiro.

Jorge, M. C. O.; Guerra, A. J. T. (2016). Geodiversidade, geoturismo e geoconservação: conceitos, teorias e métodos. Espaço Aberto, 6(1), p. 151-174. Rio de Janeiro.

Machado, G.; Florentino Júnior, E. (2021). Geodiversidade, geoconservação e geoturismo: uma discussão sobre a valoração e a conservação do patrimônio natural. Revista OKARA: Geografia em debate, 15(2), p. 125-147. https://doi.org/10.22478/ufpb.1982-3878.2021v15n2.57744.

Pereira, D. I.; Pereira, P.; Brilha, J.; Santos, L. (2013). Geodiversity assessment of Paraná State (Brazil): An innovative approach. Environmental Management, 53(3), p. 542-552. https://doi.org/10.1007/s00267-013-0100-2.

Pereira, F. S. (2014). Distrito de São Roque do Paraguaçu: análise geográfica da dinâmica territorial no município de Maragogipe – BA. Monografia. 45 f. Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia. Salvador.

Santucci, V. L. (2005). Historical perspectives on biodiversity and geodiversity. Geodiversity and Geoconservation, 22(3), p. 29-34.

SGB/CPRM – SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL (2002). Mapa Geomorfológico do Estado da Bahia. Brasília.

SGB/CPRM – SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL (2021). Ocorrências de Recursos Minerais. Brasília.

Sharples, C. (2002). Concepts and Principles of Geoconservation. Hobart, Tasmania: Tasmanian Parks & Wildlife Service, 79 p.

Strahler, A. N. (1952). Hypsometric (area-altitude) analysis of erosional topography. Geological Society of America Bulletin, 63(11), p. 1117–1142. https://doi.org/10.1130/0016-7606(1952)63[1117:HAAOET]2.0.CO;2.

Downloads

Publicado

12/19/2025

Como Citar

Oliveira, E. M. de ., & Junior, M. V. C. A. . (2025). Índice de geodiversidade aplicado à identificação de áreas de interesse geoturístico em Maragogipe, Bahia. evista Espinhaço, 15(1). https://doi.org/10.5281/zenodo.17991579

Edição

Seção

Artigos