Áreas protegidas: impactos da implementação do Parque Nacional das Sempre-Vivas

Autores

  • Jamila Paula Jardim
  • Álvaro de Oliveira D’Antona

DOI:

https://doi.org/10.5281/zenodo.7523400

Palavras-chave:

População e Ambiente, Populações em Áreas Protegidas, vulnerabilidade, comunidades tradicionais

Resumo

O artigo contribui para a análise dos efeitos da implementação do Parque Nacional das Sempre-Vivas, no Alto do Jequitinhonha, nas comunidades São João da Chapada, Macacos e Quartel do Indaiá. A reflexão se sustenta a partir de experiência de campo realizado entre 2019 e 2020, junto a moradores das comunidades e com funcionários do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Observaram-se as dificuldades das comunidades relacionadas à implementação do parque e às adaptações em face das restrições da legislação ambiental. Em resposta aos impactos com a implementação do Parque Nacional, o incremento da agricultura familiar foi uma alternativa para a geração de renda e para garantir a segurança alimentar dos moradores. Em relação à distribuição e à mobilidade espacial da população, deslocamentos para a unidade de conservação foram reduzidos, enquanto que deslocamentos entre comunidades foram estimulados pela busca de melhores condições de vida e de trabalho. O caso aponta para a necessidade de estudos sobre os impactos da implementação de áreas de proteção ambiental sobre populações tradicionais. Documentar e compreender esses processos de transformação são essenciais para parecerias entre o setor público, as associações e as comunidades, no sentido do planejamento socioambiental e da construção de políticas públicas.

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Publicado

01/11/2023

Como Citar

Jardim, J. P. ., & D’Antona, Álvaro de O. . (2023). Áreas protegidas: impactos da implementação do Parque Nacional das Sempre-Vivas. evista Espinhaço, 11(1). https://doi.org/10.5281/zenodo.7523400

Edição

Seção

Artigos