Avaliação geotécnica de balneários no município de Diamantina, Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.15554826Palavras-chave:
Perigo geológico, Atrativos naturais, avaliação geotécnica, balneáriosResumo
Diamantina (MG) atrai turistas com suas serras, trilhas e cachoeiras, situadas em balneários desenvolvidos sobre rochas metassedimentares, com predomínio de quartzitos de composições variadas, pertencentes ao Supergrupo Espinhaço e Grupo Macaúbas, controlados por sistemas de fraturas nas direções N-S, NW-SE e E-W. Esses atrativos podem apresentar perigos devido à instabilidade dos maciços rochosos. Por esta razão, este estudo classifica qualitativamente o perigo nessas áreas. A metodologia abrangeu a caracterização geomecânica das rochas e suas descontinuidades, a identificação de indícios de processos geodinâmicos e cenários de iminente deflagração de movimentos de massa. Foram avaliados 23 balneários, sendo considerados 15 de perigo geológico baixo, 2 de perigo moderado, 4 de perigo alto e 2 de perigo muito alto. Salienta-se que esta análise tem caráter temporal, já que as condições dos balneários se modificam com o tempo, exigindo monitoramento constante. Os resultados são muito relevantes para a região como instrumentos de gestão, auxiliando na implementação de ações voltadas à mitigação e controle dos perigos geológicos, como sinalizações dos cenários de perigo aos visitantes.
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