Possibilidades dialógicas percebidas em Matrix Revolutions (2003) e algumas aberturas a noções acerca dos conceitos geográficos
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.3962863Palavras-chave:
Matrix, análise fílmica, conceitos geográficos, interpretações do espaçoResumo
Este artigo pretende estabelecer um diálogo entre as possibilidades interpretativas do filme Matrix Revolutions, em sua trilogia, com discussões acerca das noções geográficas, a saber: lugar, região, território, paisagem e espaço. Estas noções também são assumidas como possibilidades interpretativas, a despeito de convergir com algumas definições de autores que serão apresentadas. Neste sentido, irá se priorizar o que o filme pode vir a ser em cada leitura e em cada espaço-tempo de releituras de suas múltiplas significações, em diálogo vívido com a Geografia. Uma grande contribuição da trilogia Matrix se refere ao olhar complexo e não facilmente demarcatório dos conceitos geográficos, que demonstram se definir e redefinir em constante diálogo que entre eles se estabelecem.
Referências
AMARAL, A. A visão cyberpunk de mundo através das lentes escuras de Matrix. BOCC: Biblioteca On-line de Ciências da Comunicação, v. 1, p. 1-4, 2003.
ARAUJO, G. A presença de uma premissa categorial: a espacialidade nos conceitos-chave do pensamento geográfico. In: ARAUJO, G.; OLIVEIRA, N.; KUNZ, S. Elementos de Teoria do Espaço Geográfico. Brasília: ACLUG, 2013.
DOLFFUS, O. O Espaço Geográfico. 3ª ed. Rio de Janeiro: Difel, 1978.
GUIMARÃES, H.; CASTRO, L. Matrix e geografia: das analogias à ontologia. Para Onde!?, v. único, p. 28-45, 2008.
HAESBAERT, R. Dos múltiplos territórios à multerritorialidade. Porto Alegre. Disponível em: <http://www.uff.br/observatoriojovem/sites/de fault/files/documentos/CONFERENCE_Rogerio_HAE SBAERT.pdf>. Acesso em: 30 out. 2013.
HIBBIS, T. Niilismo e Matrix. In: IRWIN, W. Matrix: bem-vindo ao deserto do real. São Paulo: Madras, 2001.
HISSA, C. CORGOSINHO, R. Recortes de lugar. Geografias, v. 2, n. 1, p. 7-21, 2006.
KOSIK, K. Dialética do concreto. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2010.
LEFORT, C. Sociedade “sem história” e historicidade. Cahiers internationaux de sociologie, v. 12, 1952.
LIMA, G. Mundo paralelo virtual no cinema: um estudo do espaço em “Matrix”. Dissertação de mestrado em comunicação pela Universidade Ahembi Morumbi, São Paulo, 2009.
MARTINS, E. Geografia e Ontologia: o fundamento geográfico do ser. GEOUSP - Espaço e Tempo, n. 21, 33-51, 2007.
MELO, A. O lugar-sertão: grafias e rasuras. Dissertação de mestrado em geografia. Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2006.
MORAES, A. Historicidade, consciência e construção do espaço: notas para um debate. In: SOUZA, M. A.; SANTOS, M. A Construção do Espaço. São Paulo: Nobel, 1986.
OLIVEIRA, R. O Trabalho do Antropólogo: Olhar, Ouvir, Escrever. Revista de Antropologia, v. 39, n. 1, 13-37, 1996.
RÚBIO, R. Em busca de sombras que não obscurecem uma luta: narrativas de vidas espaciais dos assentados e assentamento Cafundão (Mariana, MG). Monografia de conclusão de curso, Instituto Federal de Minas Gerais, Ouro Preto, 2012.
SANTOS, M. O espaço Geográfico Como Categoria Filosófica. In: Terra Livre 5. O espaço em questão. AGB: Marco Zero, 1988, p. 9-20.
SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2000.
SOUZA, M. A. Apresentação: Milton Santos, um revolucionário. In: SANTOS, M. O retorno do território. Buenos Aires, Observatório Social de América Latina: CLACSO, 2005.
ZIZEK, S. Bem-vindo ao deserto do real! São Paulo: Boitempo, 2008.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista Espinhaço
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.