Errâncias narrativas em Nadie nada nunca, de Juan José Saer

a performance na letra

Autores/as

  • Juliana Helena Gomes Leal Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM

Palabras clave:

Juan José Saer, narrativas, Nadie nada nunca

Resumen

Argumentarei, neste artigo, acerca da singularidade estética do romance Nadie nada nunca (1980), de autoria do escritor argentino Juan José Saer, excelente exemplo do que chamo escrita performática por se tratar de uma prosa complexamente organizada entre a sequencialidade narrativa e as suspensões que escandem o texto dando forma a uma estrutura narrativa errática que reforça os sentidos. Escrita cuja organicidade se afasta do legado da arte figurativa e representativa, porque intenta, ao contrário, uma tradução interventiva no real, desejando ampliar as formas de percepção simbólica do mundo e das coisas. Abordarei isso a partir de algumas reflexões teóricas propostas por Jacques Rancière (2005 e 2009), por meio das quais ele faz uma defesa da potência caracteristicamente heterogênea do constructo artístico resultante de uma partilha generosa e igualitária entre variadas formas de pensabilidade e visibilidade estéticas.

Publicado

2025-09-05

Cómo citar

Helena Gomes Leal, J. (2025). Errâncias narrativas em Nadie nada nunca, de Juan José Saer: a performance na letra. evista ozes os ales: Publicações cadêmicas, 1(2), 11. ecuperado a partir de https://revistas.ufvjm.edu.br/vozes/article/view/636