A cartografia social em ambientes escolares - por uma educação ambiental crítica
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.3958082Palavras-chave:
Questão ambiental, escola pública, livro didático, mapeamento participativo, DiamantinaResumo
A educação ambiental garante espaço nas escolas brasileiras como uma importante proposta para o enfrentamento dos problemas ambientais, porém, costuma ter uma concepção conservadora e, assim, ser desconexa das realidades locais. Para tanto, o artigo visa analisar a educação ambiental ensinada nos ambientes escolares no município de Diamantina/MG, a fim de atualizá-la temporo-espacialmente. As prioridades ambientais do entorno de nove escolas do ensino fundamental foram registradas via mapeamento participativo, juntamente à análise dos livros didáticos adotados por estes locais de modo a identificar e caracterizar suas abordagens ambientais. De modo geral, os produtos cartográficos representaram questões associadas a resíduos sólidos, efluentes e poluições hídrica, sonora e atmosférica, sem trazer elementos que apontem para as relações de poder e os consequentes embates por hegemonia que estrutura a sociedade moderna. E os materiais didáticos apresentam temas ambientais em sua composição, mas a maioria de forma simplificada e descontextualizada, o que contribui para os resultados alcançados nas atividades de mapeamento participativo. Como construção criativa e coletiva, a educação ambiental crítica urge-se diante da crise ambiental e, portanto, a atualização temporal e espacial das temáticas ambientais se torna, desde já, uma tarefa necessária.
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