Resenha: Repensando clássicos, reconstruindo epistemologias
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.3968823Abstract
Os atos experenciais de lecionar, pesquisar e produzir pensamentos científicos exigem de nós, a cada dia (cada dia mais), posturas (auto)críticas e reflexivas. Quantos de nós
aprendemos a história da ciência geográfica ensinada de forma compartimentalizada e naturalizada? Quantos clássicos do pensamento geográfico moderno nos “escorreram pelas mãos” ao herdarmos e reproduzirmos, em suas leituras, compartimentalizações e naturalizações? Poucos de nós, geógrafos e estudantes de Geografia brasileiros, desconhecemos a existência de um certo Paul Vidal de la Blache, apresentado a nós, mesmo que por “ruídos”, enquanto um ícone da gênese de nossa ciência. Quem haveria sido Vidal de la Blache e quais reflexões teóricas haveriam feito dele um dos autores mais conhecidos da história da Geografia Moderna? “Pai da Geografia francesa”, “expoente do possibilismo”, “'rival' de Friedrich Ratzel e da escola geográfica alemã”, “geógrafo regional”: respostas que, por longos anos, bastaram a muitos de nós enquanto verdades incontestes (ainda hoje!). Falamos aqui de toda riqueza e ambivalência do pensamento de um autor de enorme complexidade teóricoconceitual apresentada através de receitas mnemônicas segundo as quais poderíamos/deveríamos nos dar por satisfeitos.
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