Zooterapia e a relação espaço e natureza em comunidades tradicionais da Serra do Espinhaço meridional, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.6587356Keywords:
Animals, traditional community, geographic space, intangible cultural heritage, zootherapy/healthAbstract
The study aimed to know some sociocultural traditions of the quilombola communities and also to know and to list foods and remedies from animals with their respective uses in health treatments. e communities surveyed are located in Serra do Espinhaço Meridional, in Diamantina (Minas Gerais, Brazil). Data collection was carried out through anthropological data, observations, records and characterization of natural and faunal resources with therapeutic potential, and also throughinterviews, seeking to identify ways of using local products. We evidenced phenomena of resignification of nature and socioenvironmental and cultural interaction, expressed in traditional practices that characterize these communities. ese practices can be thought as techniques in a broader sense, as advocated in studies by Milton Santos. Communities are ethnically constituted maintaining the collective memory of the group, thus forging a tradition that incorporates innovations; although they present daily difficulties derived from the contrast between social isolation in rural areas and at the same time the presence of visitors from large urban areas. We show that the communities studied have a traditional and popular culture where they express their ethniccultural identities, so that the therapeutic practices/techniques presented here can be thought of as intangible cultural heritage, especially knowledge and practices, which leads to elaborating the constitution of space that is guided by the relationship between nature and society.
References
Almeida, A. V. (2010). A zooterapia adotada pelos médicos Simão P. Morão e João F. da
Rosa em Pernambuco no final do século XVI. In: Costa-Neto, E. M. & Alves, R.
R. N. (Orgs.). Zooterapia – Os animais na medicina popular brasileira. Recife:
NUPEEA.Araújo, A. M. (1979). Medicina rústica. 3ed. São Paulo: Ed. Nacional.
Bernardes, A. (2020). Santos, Milton: os conceitos geográficos e suas concepções.
Revista Formação (Online), v. 27, n. 50, p. 275-299, jan./abr..
Brasil. (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF,
Brasil. (2002). Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Projeto Promoção
da Saúde. As Cartas da Promoção da Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de
Políticas de
Brasil. (2013). Ministério da Cultura. Secretaria de Políticas Culturais. As metas do
Plano Nacional de Cultura. Via Pública, 2ª edição, Brasília: MinC, 2013.
CEDEFES. Centro de Documentação Elóy Ferreira da Silva. (2008)Comunidades
quilombolas de Minas Gerais no século XXI: história e resistência. Belo
Horizonte: Autêntica, 392 p.
Costa-Neto, E. M. (2000). Conhecimento e usos tradicionais de recursos faunísticos por
uma comunidade afro-brasileira. Resultados preliminares. Revista Interciência, v.
, n. 9, p. 423-431.
Costa-Neto, E. M. (2004). Estudos etnoentomológicos no estado da Bahia, Brasil: uma
homenagem aos 50 anos do campo de pesquisa. Revista Biotemas, v. 17, n. 1, p.
-149.
Costa-Neto, E. M.; Alves, R. R. N. (2010). O estado da zooterapia popular no Brasil.
In: Costa-Neto, E. M. & Alves, R. R. N. (Orgs). Zooterapia – Os animais na
medicina popular brasileira. Recife: NUPEEA.
Cury, Isabelle. (2004). Cartas patrimoniais. Edições do Patrimônio. 3ª edição, Rio de
Janeiro: IPHAN, 408 p.
Lévi-Strauss. (1989). O pensamento selvagem. Campinas: Papirus.
Lima, R. J. P.; Severiano, J. S. (2019). Uso de animais na medicina popular: diagnóstico
sociocultural e etnozoológico na zona rural de Jaçanã (RN). Revista Principia, v.
, p. 158-170.
Moura, F. B. P.; Marques, J. G. W. (2008). Zooterapia popular na Chapada Diamantina:
uma medicina incidental? Ciência & Saúde Coletiva, v. 13, Supl. 2, p. 2179-2188.
Ribeiro, G. C.; Pereira, J. P. R.; Docio, L.; Alarco, D. T.; Schia Vetti, A. (2010).
Zooterápicos utilizados no Sul da Bahia. In: Costa-Neto, E. M. & Alves, R. R.
N. (Orgs). Zooterapia – Os animais na medicina popular brasileira. Recife:
NUPEEA.
Santos, Milton. (1996). A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São
Paulo: Hucitec.
Silva, N. L. G.; Ferreira, F. S.; Coutinho, H. D. M.; Alves, R. R. N. (2010). Zooterápicos
utilizados em comunidades rurais do município de Sumé, Paraíba, Nordeste do
Brasil. In: Costa Neto, E. M. & Alves, R. R. N. (Orgs.). Zooterapia – Os animais
na medicina popular brasileira. Recife: NUPEEA.
Vidal, A. (1940). Costumes e práticas do negro. In: Ramos, A. (Org.). O negro no Brasil
– Trabalhos apresentados no 2º Congresso Afro-brasileiro (Bahia). Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira S/A.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2022 Revista Espinhaço
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.