QUILOMBOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS E A IMPORTÂNCIA PARA UMA CULTURA DE RESISTÊNCIA
Palabras clave:
Racismo, Preconceito, Quilombolas, CulturaResumen
Este manuscrito, fruto de estudos que ocorreu durante um curso de pós graduação lato sensu em Política Social e Questão racial de um Universidade Federal do estado de Minas Gerais. Este tem a intenção de contribuir para ampliação do conhecimento sobre a importância dos Quilombos e Comunidade Tradicionais para a Cultura de Resistência e refletir criticamente sobre a situação da população negra na contemporaneidade, que a todo o momento ver o seu direito de viver cerceado pelo racismo tão enraizado na nossa sociedade. O objetivo é trazer reflexões sobre os Quilombos e as Comunidades Tradicionais e sua importância para Cultura de Resistência, em tempos que a sociedade assiste diversos casos de racismo e que os Quilombos são citados apenas como a comunidade que luta pela terra, oprimindo o seu papel da defesa étnico racial. No Brasil, as pessoas pretas necessitam resistir para existir, pois a contemporaneidade evidencia que a população negra continua sendo a população que mais é atingida por todos os tipos de violência em todas as políticas sociais. Para combater as iniquidades raciais é fundamental resgatar a história do povo negro contada por eles, e combater o privilégio branco e destruir da ideologia contada pela branquitude. Considerando isso, para a construção deste manuscrito, foi realizado a pesquisa bibliográfica e análise de conteúdo, a partir disso surgiram as seguintes categorias: Quilombos e Comunidades Tradicionais e Cultura de resistência e iniquidades raciais. Conclui-se que os Quilombos e as Comunidades Tradicionais representam a identidade étnico- racial e são fundamentais para a efetivação da proteção social da população negra. Neste cenário ainda, foi possível reconhecer a persistência da influência da ideologia da branquitude e o avanço da necropolítica em impedir o avanço das políticas sociais voltadas para questão racial, e como o capitalismo se apropria deste contexto para manter a opressão nesta população. Por fim, a luta dos Quilombos e Comunidades Tradicionais vão muito além da luta pela terra, é uma luta pela sobrevivência da identidade étnico racial e erradicação das iniquidades raciais.
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